terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vida solitária.

Cheguei em casa e fui checar minhas coisas: e-mail, caixa postal, correio. Não encontro nada. Coloco a janta e sento sozinha em uma mesa para quatro pessoas. Café, torradas e manteiga me fazem companhia. Bem no meio daquele dia frio tento encontrar algum motivo para continuar vivendo. Nesses momentos não consigo lembrar o que realmente importa. Nada mudou, tenho a sensação de viver em uma bola e essa bola ficar parada sempre no mesmo lugar. Semana passada conheci um cara. Branquelo, magro, alto, olhos pretos e com um sinal no braço esquerdo. Fiquei encantada, meus dias foram se tornando mais interessantes e eu já podia contar para o mundo inteiro quão bonito era aquele cara.

Aí o encanto sumiu. Logo pude perceber que não adianta desejar quem não se pode ter e eu já não me sentia tão entusiasmada assim. Mais uma vez voltei para o meu mundo solitário. Sabe, da mesma maneira que janto sozinha, eu vivo sozinha. Antes de dormir converso comigo e faço piadas sobre o meu novo corte de cabelo. Ligo a tevê para não parecer tão sozinha, mas aí percebo que nos seriados há casais felizes e que até eles tem alguém. Percebo que ligar a tevê não foi uma boa ideia. Ultimamente tenho recebido as mesmas ligações de sempre, tenho conversado com as mesmas pessoas e tenho uma rotina chata pra caramba. Tenho ouvido até as mesmas músicas e isso me faz perceber que sou patética.

Sabe, ninguém precisa de ninguém para viver. Isso é fato. Só que a gente precisa de alguém pra deixar nossa vida um pouco mais colorida. A gente precisa de uma pessoa que possamos conversar nos dias mais frios e ligar para contar como foi o dia antes de dormir. Uma pessoa que sorria e o nosso coração estacione no tempo. Uma pessoa que aguente as nossas reclamações e ouça os nossos sonhos. Alguém que não conheça a nossa história e fique surpreso quando escutar as loucuras que já fizemos. Como a gente faz para aprender a ser só? Como fazemos para não sermos tão dependente de alguém? Como fazer para não criarmos sonhos e expectativas em cima de uma pessoa? Como parar de criar alguém que ainda não chegou?

Volto mais uma vez para mesa de jantar e encosto minha cabeça no vidro. Fico deitada uns cinco minutos tentando resolver minha própria vida. Essa vida tão bagunçada que levo. Essa vida tão solitária.

domingo, 23 de setembro de 2012

Falta de amor.

Acordei com medo. Todo meu corpo tremia e as lágrimas surgiram com soluço. Senti saudades da minha infância, minha mãe me colocava debaixo das asas dela e cuidava de mim. Eu tinha uma proteção. Cresci e lido com a falta de amor dos outros. Sabe, realmente não sei onde esse mundo vai parar. De vez em quando coloco meus joelhos no chão e choro. Chorar pela falta de amor, falta de fé, falta de Deus, falta de compaixão, de perdão. E talvez seja por isso que tudo está desmoronando. Você nunca vai compreender o que é dor até ter passado por uma, nunca vai entender os conselhos dos seus pais até que precise deles, nunca vai acreditar que existe maldade no coração das pessoas até que alguém faça algum mal para ti. Nós temos a mania de pensar que nada nos atinge. 

Como nós lidamos com a maldade humana? Como lidamos com a perda que acontece diariamente? Como sobrevivemos no meio de tanta gente ambiciosa, egoísta, individualista? Meu coração dói e sangra de tanta tristeza. Eu realmente não sei por onde começar. Coloco a mão na minha cabeça e fico me questionando sobre as coisas. Sinto um medo tão grande. E sinto medo das pessoas. E isso é tão errado, não deveríamos ter medo das pessoas. Sinto um medo sem fim e isso está machucando meu corpo aos poucos. Quero me manter para sempre dentro de casa, conviver apenas com as pessoas que já conheço e quero plantar um pouco de paz no coração de cada um. Mas eu não sou Deus.

E já que não sou Deus, não tenho outra saída. O que me resta é rezar para que tudo seja modificado. Não acho normal os assassinatos que estão acontecendo por aí, as crianças passando fome, grávidas matando o próprio filho, pais de família abusando dos próprios filhos, guerra, tristeza. Fim do mundo. E enquanto isso você está pensando na roupa que vai vestir amanhã ou no cara que ainda não te ligou, no amor não correspondido, na sua falta de dinheiro. E não é culpa sua, eu também penso assim. Mas é que eu tenho acordado com tanto medo ultimamente e tenho percebido que isso tudo não vale muito. Estou tentando pensar (mais) nos outros e esquecer um pouco de mim. Pense nisso! A maior prova de amor que existe é se doar para o outro. 

Vamos acabar com a falta de amor que há no mundo. Só por hoje coloque seus joelhos no chão e peça que a raça humana seja um pouco mais amável. Eu digo e repito: as coisas estão desmoronando.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Nosso encontro.

Olha, tenho te evitado todo esse tempo. E eu posso te dizer uma porção de coisas e mesmo assim continuar te amando. Eu posso machucar meu próprio coração, mas é necessário. Sabe, achei que um dia fôssemos o casal moderno que entraria no mundo para revolucionar o coração dos outros. Achei que seríamos perfeitos um para o outro e ninguém ia acabar com o nosso elo. Achei que seríamos unha e carne para todo o sempre. Achei que você seria minha alma gêmea, o sapato do meu pé esquerdo, a tampa da minha panela, a minha razão de viver. E não foi. Conheci vários homens interessantes, mas ninguém nunca me deixou tão leve e constrangida ao mesmo tempo. Ninguém nunca fez meu coração palpitar tão rápido que ele podia ser ouvido por outra pessoa. Ninguém nunca me fez chorar de tanta saudade. Só você.

Tenho evitado encontrar contigo por aí. Não quero ter que olhar dentro dos seus olhos e assumir que acabou. Não estou psicologicamente preparada para lidar com conversas monossilábicas. Nós sabemos que vai ser assim. Não quero te encontrar com outra pessoa e saber que dentro do seu sorriso há felicidade.  Você continuou seguindo em frente, eu não. Você continua mostrando ser forte, eu não. Sei que ainda pensa em mim. 4 anos de um relacionamento duradouro. Já estava confiante que nós éramos a esperança da humanidade. E não fomos. Tenho ouvido notícias suas. Tenho ouvido que anda bem, mas que ainda chora na hora do almoço. Seus colegas de trabalho me disseram que são lágrimas verdadeiras. Eu não sei. 

Ainda penso muito em ti. Mesmo evitando esse nosso encontro, sei que há um resto de amor escondido dentro das nossas vestes. E isso pode ser bem evitado. Sei que ainda sente saudade. Eu também sinto. E é por causa dela que tenho evitado esse nosso encontro. Já que você é o único que ainda me deixa embriagada de tanto amor. Você não é a minha alma gêmea, o sapato do meu pé esquerdo, a tampa da minha panela, a minha razão de viver. Você é apenas o cara que estou apaixonada. E não precisamos mostrar aos outros que nascemos para dar certo. Demos certo por um breve tempo. E foi um tempo cheio de coisas maravilhosas e é por causa desse tempo que não quero o nosso encontro. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Encantada.

Fiquei encantada. Te vi sentado na mesa do bar e meus olhos seguiram os seus movimentos. Você foi se aproximando. Conversamos, trocamos informações e logo percebi que estava amarrada em ti. Era o seu jeito de falar, o sotaque diferenciado, a corrente fina no pescoço, a altura, o jeito engraçado de se comportar. A gente se deu bem, percebi isso. Mas naquele meio brotou apenas uma amizade. Você começou a falar sobre a ex namorada e sobre o resto dos sentimentos que havia naquele coração tão lindo, falou sobre família e o medo de perder as pessoas. Enquanto sua boca ia se movimentando, meu coração parava e meus olhos seguiam cada palavra sua. Minha maior vontade era agarrar seu corpo e te implorar para que o sentimento fosse recíproco. Mas não deu.

Como dói te encontrar com outras mulheres e não poder dizer o que sinto. Dói saber que você é tudo que eu tanto quero, tanto desejo. O pior de tudo é que guardo esse desejo de te querer dentro de mim. E isso vai crescendo. No começo, você era apenas um cara legal que havia conhecido, depois foi se tornando interessante saber da sua vida e surgiram as primeiras ligações, mensagens. Foi quando me dei conta que não havia apenas uma amizade da minha parte, havia desejo. Não amor. Ainda não. E é tão difícil ter que controlar essa sensação angustiante. Divido com as minhas amigas essa agonia. E por enquanto ainda consigo suportar. A sua falta de atenção é impressionante, você ainda não se deu conta que a nossa "amizade" não existe. Existe uma vontade imensa de te agarrar e te abraçar. E não é um abraço qualquer.

É estranho quando encontramos alguém que "aparentemente" combina com a gente. Quando a pessoa tem tudo para ser nossa e não é. Só nós sentimos e nem conseguimos explicar de onde vem tanto querer. E prometemos não amar mais, não queremos envolvimento e o mundo mostra que não há motivos para nos escondermos do amor. É gostoso sentir-se apaixonada, encantada. E é uma pena que você não perceba isso. A sua falta de atenção atrapalha o nosso quase relacionamento. E você nem percebe quão idiota fico ao olhar o teu rosto e imaginar mil situações. É, acho que estou realmente apaixonada.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Volta!

Meu amor por você virou história de cinema. De vez em quando sento na cadeira com um desconhecido e falo sobre você. Meus olhos enchem de lágrimas e já não consigo disfarçar minhas mãos trêmulas. Falar de ti me causa arrepios, lembranças surgem dentro da minha cabeça e por conta disso percebo a falta que sua presença me faz. Te ter ao meu lado foi motivo de alegria. Sentia sua falta quando o meu telefone não tocava, me causava dor no peito quando não recebia notícias suas. Era uma mistura de medo e paixão. Eu tive medo de entrar de cabeça nessa história, mas mesmo sem querer me peguei pensando na maneira linda como você se vestia. A coisa que eu mais gostava era colocar a cabeça no teu peito e aliviar minha dor. Você não tinha acesso ao meu coração, mas você cuidava dele de uma maneira simples.

Lembro de ti com frequência e ainda não me conformo em ter te perdido. Você estava ao meu lado o tempo inteiro e de repente desapareceu. Você compreendia os meus momentos de fraqueza e dizia que tudo ia acabar bem. Era contigo que eu contava nos momentos de felicidade. Era o seu sorriso que abalava o meu coração e me deixava mais forte. E mais apaixonada. Cheirar o seu pescoço e poder viajar no tempo. Ter o teu abraço quente e saber que estava tudo bem. Beijar a sua boca e saber que alí havia sentimento. Não cuidei da gente, não cuidei de nós. E você sentia amor por outra pessoa. Você encontrou na outra pessoa algo que não viu em mim. E isso me dói. 

Eu te daria amor por mil anos, te daria a lua, te daria beijos eternos. Não é justo que a sua companhia tenha ido embora e a sua lembrança tenha ficado. Falo de ti para todos e recebo aquele olhar de pena. Percebo isso. E já não tenho notícias suas, não sei mais o cheiro do seu pescoço e convivo com uma eterna saudade. Queria tanto te encontrar, olhar nos seus olhos e admirar a maneira linda que você se comporta. Queria que houvesse silêncio e o mundo parasse naquele momento. Você devia ser meu. Você devia ser meu. E o pior de tudo é que se você for meu, vai voltar. Um dia. Volta meu bem.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ruas largas.

Em breve você vai chegar, eu sei. Tenho andado por ruas largas procurando por alguém que me procure também. Tenho observado as noites caírem e os dias passarem com rapidez. Tenho me sentido solitária. Converso comigo. Relembro os amores do passado e tento colocar em um papel o motivo de não termos dado certo. O que faltou? O que faltou para darmos certo? Crio uma resposta bem clichê: ele não era o cara que estava escrito para mim. E será que realmente existe algo escrito para nós? Me pego chorando com a cabeça no travesseiro, me pego revoltada nas baladas da vida e sinto que estou chegando ao fundo do poço. Pobre coitada! O que a carência não faz conosco? Tenho evitado relacionamentos, tenho evitado conhecer pessoas novas, tenho evitado observar o sorriso alheio. Mas não consigo. É de mim querer se relacionar com alguém, é de mim querer ter alguém.

E consigo perceber que há erros em mim. Não se deve criar expectativas, não se deve ficar apaixonada por alguém que não conhecemos. O correto é conhecer, conhecer, conhecer e depois ter algo. Mas há pressa dentro do meu coração. Pressa de ter beijo com gosto de saudade, de ter abraço apertado depois de um longo tempo, de ter trocas de mensagens no meio da noite. Não tenho, nunca tive. Odeio saber que nunca tive a sensação de ser amada. Nunca me conquistaram. Nunca conquistei. Me sinto totalmente incapaz. E deve ser por isso que ando por ruas largas. Pode ser que um dia encontre alguém que sinta a mesma vontade. E essa pessoa pode chegar da maneira que quiser, mas conquiste meu coração. Eu já não sou capaz de tentar novamente.

(Um breve desabafo).

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dias.

Eu sei que não anda fácil viver. Eu sei que tem dias que a solidão aperta dentro da gente. Eu também sei que amor virou motivo de piada e que relacionamento já nem é mais tão sério assim. Tem dias que nem a gente se suporta, colocamos a culpa em todo mundo e esquecemos de olharmos para dentro do nosso coração. Há dias em que acordamos e nem queremos sair de casa, a nossa maior vontade é "abandonar o barco" e correr por aí. Tenho tido dias assim, mas essa semana conheci alguém. Acordei apressada para o trabalho, estava naqueles dias em que nada corre bem. Derrubei café na própria roupa, esqueci o celular em casa e meu chefe já tinha me ligado perguntando o motivo da minha demora. Acordei totalmente estressada e com vontade de matar qualquer pessoa. Sentei no ponto de ônibus e coloquei o fone de ouvido, fechei a cara e não queria que ninguém sorrisse perto de mim. Até que alguém toca no meu braço. Virei a cara com tanta rapidez que derrubei o fone de ouvido. Era uma moça pobre pedindo esmola. Disse que não tinha e virei o rosto. Ela tocou no meu braço novamente. Dessa vez fui mais grossa e perguntei se ela não tinha ouvido o que eu disse. Mas algo nela me fez parar. 

- A senhora tá se sentindo bem? - Falou a moça pobre.
- É claro que sim. E você se importa comigo? - Falei com grosseria.
- Não. Sei que a senhora não tá bem.
- O que aconteceu para você dizer isso? - Respondi com impaciência.
- Não há sorriso em seu rosto, não há felicidade. - A moça falou com uma certa calma.
- Não tenho motivos para sorrir. Estou atrasada, acordei com falta de humor, meu chefe já me ligou, meu namorado me deixou e minha vida não tem sido legal. - Respondi com vontade de chorar.
- Toma, pega isso. - A moça me entregou uma rosa.
- Uma rosa? O que uma rosa vai fazer?
- Essa rosa é para senhora lembrar que existe esperança. Existe felicidade, existe um sorriso escondido por trás desse rosto. A senhora não tem problemas, tem dificuldades. Quem tem problema sou eu que vivo pedindo dinheiro para comer e poucos me ajudam, não tenho casa e nem família. Ando solitária por aí e durmo em cima de um papelão, mas não consigo perder a fé. Eu acredito que um dia vou sair dessa vida e é por isso que não perco meu sorriso. Lembre-se: você é aquilo que transmite. - Falou a moça.

Ela partiu me deixando com apenas uma rosa. Meu mundo havia caído. Eu não precisava ouvir conselhos de uma desconhecida, mas foi por causa dela que meu dia melhorou. Ando querendo melhorar de vida e esqueço como, sei onde quero chegar, mas não sei como. Um simples sorriso melhora a vida de muita gente e tenho a mania de pensar que comigo não funciona, mas como vamos dizer que algo não funciona se nem mesmo experimentamos? Viva! Anda muito difícil sobreviver hoje em dia. Problemas, dificuldades, solidão. Mas isso todo mundo passa e poucos perdem a cabeça. Realmente é preciso saber viver, saber superar os problemas e entender que passar um pouco de felicidade não faz mal. Transmita coisas boas e coisas boas vão chegar. Lembre-se: você é aquilo que transmite.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pressa de viver.

Faz frio e chove bastante. Estou agarrada com uma caixa onde guardo minhas melhores lembranças. Acho cartas das minhas melhores amigas da época e que hoje já nem mantenho contato. Algumas conseguiram casar, outras partiram dessa cidade e outras desapareceram dessa vida. Encontro fotografias antigas da família e me pego observando o sorriso da minha mãe, ela era tão jovem e tão bonita. Encontro alguns diários antigos e fico surpresa com a quantidade de besteira que havia alí. Encontro conversas do colégio falando sobre algum menino bonito do ensino médio. As lágrimas vão surgindo. O que a gente faz com essa vida? Acho muito interessante a capacidade que as pessoas tem de deixar a vida dos outros. Acho interessante como o tempo passa rápido e como nós vamos envelhecendo. Acho isso crueldade.

Ligo o rádio. Aquela caixa tem trilha sonora. É quando bate aquela saudade de tudo: das brincadeiras de criança, daquela amarelinha riscada no meio da rua, dos gritos da minha mãe para comer bem e não ficar doente, das minhas amigas do colégio vivenciando o primeiro amor, das viagens com a família, das histórias contadas. Levanto e me olho no espelho. Quase que não me reconheço. A minha vida anda tão corrida que não tive tempo de analisar como estou. Percebo que há alguns cabelos brancos e estou até mais gordinha, percebo que já não tenho mais aquele rosto de antes e que andei crescendo um pouco. Garanto que foi falta de tempo. É nesse momento que paro e converso comigo. O que a gente faz com a vida? Somos crianças e logo queremos ser adultos, crescemos e estudamos para passar no vestibular e cursar o curso dos nossos sonhos. Conseguimos passar e vivenciamos a faculdade. Terminamos o curso e trabalhamos. Trabalhamos e queremos construir uma família. Construímos uma família e ficamos velhos. Ficamos velhos e morrermos. Lei natural da vida.

A gente não tem tempo de pensar assim. Vivemos com tanta pressa que esquecemos de olhar nossos pais, abandonamos eles e deixamos de lado as preocupações de casa. É pouco tempo para viver. Queremos tudo de uma só vez e isso faz com que deixemos de lado nós mesmos. Deixamos de nos cuidar e esquecemos da importância do nosso bem-estar. Nosso ciclo de amizade vai diminuindo com o tempo e quando contamos nos dedos só restaram um ou dois. Nós não vivemos corretamente. Mas eu acho que temos pressa porque o tempo é "curto". Se tivermos sorte em chegarmos ao fim da vida. Um dia nós vamos sentar no chão e pegar aquela caixa de lembrança, só aí vamos perceber que o que realmente vale é o hoje. O que passou, passou. Fica a saudade, o choro, a lembrança. E vamos perceber que nem é preciso ter tanta pressa assim, quando aprendemos a viver bem, aprendemos a viver devagar.